Santo António dos Cavaleiros II
Sessenta anos depois das primeiras construções, que vida pública se vê em Santo António dos Cavaleiros?
Santo António dos Cavaleiros I
Uma vila de edifícios pré-fabricados dos anos 1960, um novo ideal de vida. Foi o início duma saga suburbana.
Os desafios para desenhar um espaço público mais inclusivo, sustentável e inteligente
Há um ano atrás saía um artigo na revista Smart Cities sobre este tema.
O projeto pretende estudar onde e como projetar espaços públicos sustentáveis e socialmente inclusivos na cidade extensiva, a partir de um debate sobre o seu valor e potencial para contribuir para processo de transição sustentável.
A investigação tem como objetivo fazer avançar o conhecimento, abordando os desafios menos estudados do espaço público das cidades extensiva, tanto do ponto de vista teórico, re-teorizando o discurso com base nas dinâmicas e práticas específicas destas áreas, como numa abordagem prática que visa novas estratégias e formas de conceber os espaços público.
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Na investigação, nas políticas e na prática, o espaço público é visto como um meio para alcançar um melhor ambiente urbano no âmbito do desenvolvimento sustentável, mas também reflecte desigualdades na sua provisão e distribuição, especialmente em contextos urbanos mais extensos e diversificados.
Num contexto em que as áreas urbanas são confrontadas com diferentes desafios – crise climática, alterações demográficas, digitalização – a conjugação de anteriores necessidades de qualificação urbana com o potencial de novas soluções, tornam os espaços públicos das áreas urbanas periféricas e descontínuas centrais na discussão do futuro das cidades. Nestas áreas, tendem a ter configurações diferentes e são frequentemente negligenciados em termos de investimento público e privado. Grandes áreas de urbanização comum não dispõem de estratégias de regeneração adequadas, ainda que acolham partes importantes da população e das funções urbanas.
A recuperação pós-pandémica veio dar uma nova luz à necessidade de adaptação ou de conceção de espaços públicos mais adequados. Embora a urgência da resposta tenha, em muitos casos, trazido soluções rápidas para o primeiro plano, é evidente a necessidade de políticas urbanas estruturadas a médio e longo prazo que enfrentem os desafios complexos que se avizinham. É esta a lacuna de conhecimento que o projeto pretende colmatar.
Através de uma análise crítica do espaço público das áreas periféricas e descontínuas das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, a investigação pretende desenvolver um raciocínio prospetivo para lidar com obstáculos à transição urbana.
Os objectivos parciais incluem: compreender as características destes espaços públicos; identificar os desafios e as oportunidades a explorar; debater estratégias inovadoras para as áreas urbanas periféricas e descontínuas; e fazer a ponte entre o conhecimento científico e prático.
créditos
Ana Brandão
ana.luisa.estevao@iscte-iul.pt
João Cunha Borges
joao_cunha_borges@iscte-iul.pt