Trafaria – do Impedimento à Semana Europeia da Mobilidade
A Semana Europeia da Mobilidade trouxe, em Setembro, uma proposta de novas formas de uso do espaço público na vila almadense da Trafaria.
Santo António dos Cavaleiros II
Sessenta anos depois das primeiras construções, que vida pública se vê em Santo António dos Cavaleiros?
Santo António dos Cavaleiros I
Uma vila de edifícios pré-fabricados dos anos 1960, um novo ideal de vida. Foi o início duma saga suburbana.
O projeto pretende estudar onde e como projetar espaços públicos sustentáveis e socialmente inclusivos na cidade extensiva, a partir de um debate sobre o seu valor e potencial para contribuir para processo de transição sustentável.
A investigação tem como objetivo fazer avançar o conhecimento, abordando os desafios menos estudados do espaço público das cidades extensiva, tanto do ponto de vista teórico, re-teorizando o discurso com base nas dinâmicas e práticas específicas destas áreas, como numa abordagem prática que visa novas estratégias e formas de conceber os espaços público.
ver todas as entradas ↵
Na investigação, nas políticas e na prática, o espaço público é visto como um meio para alcançar um melhor ambiente urbano no âmbito do desenvolvimento sustentável, mas também reflecte desigualdades na sua provisão e distribuição, especialmente em contextos urbanos mais extensos e diversificados.
Num contexto em que as áreas urbanas são confrontadas com diferentes desafios – crise climática, alterações demográficas, digitalização – a conjugação de anteriores necessidades de qualificação urbana com o potencial de novas soluções, tornam os espaços públicos das áreas urbanas periféricas e descontínuas centrais na discussão do futuro das cidades. Nestas áreas, tendem a ter configurações diferentes e são frequentemente negligenciados em termos de investimento público e privado. Grandes áreas de urbanização comum não dispõem de estratégias de regeneração adequadas, ainda que acolham partes importantes da população e das funções urbanas.
A recuperação pós-pandémica veio dar uma nova luz à necessidade de adaptação ou de conceção de espaços públicos mais adequados. Embora a urgência da resposta tenha, em muitos casos, trazido soluções rápidas para o primeiro plano, é evidente a necessidade de políticas urbanas estruturadas a médio e longo prazo que enfrentem os desafios complexos que se avizinham. É esta a lacuna de conhecimento que o projeto pretende colmatar.
Através de uma análise crítica do espaço público das áreas periféricas e descontínuas das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, a investigação pretende desenvolver um raciocínio prospetivo para lidar com obstáculos à transição urbana.
Os objectivos parciais incluem: compreender as características destes espaços públicos; identificar os desafios e as oportunidades a explorar; debater estratégias inovadoras para as áreas urbanas periféricas e descontínuas; e fazer a ponte entre o conhecimento científico e prático.
créditos
Ana Brandão
ana.luisa.estevao@iscte-iul.pt
João Cunha Borges
joao_cunha_borges@iscte-iul.pt